O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou, em entrevista  coletiva em Brasília nesta quinta-feira (17), a ampliação da população  coberta pela Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza do  Sistema Único de Saúde. A partir deste ano, além de idosos e populações  indígenas, atendidos desde 1999, serão imunizadas crianças entre seis  meses e dois anos, gestantes e profissionais da saúde. A vacina a ser  distribuída protege contra os três principais vírus que circulam no  hemisfério sul, entre eles o da influenza A (H1N1).
A 13ª Campanha Nacional de Vacinação se realizará no período de 25 de abril a 13 de maio em 65 mil postos em todo o país. No sábado seguinte ao início da campanha, 30 de abril, se realizará o Dia de Mobilização Nacional para estimular a ida da população aos pontos de imunização. “Estamos incluindo três grupos importantes na campanha e esse é o momento de sensibilizar e informar a população, principalmente esse novo público, para que procurem os postos de saúde durante a campanha e tomem a vacina”, afirmou o ministro Padilha.
Para o Maranhão, o Ministério da Saúde vai enviar 1.018.690 doses da  vacina. A meta é imunizar 932.013 pessoas.
A ampliação do público da campanha foi definida pela Coordenação  Geral do Programa Nacional de Imunizações, com base em estudos  epidemiológicos e observação do comportamento das infecções  respiratórias, que têm como principal agente o vírus da influenza.
As complicações da influenza (pneumonias bacterianas ou agravamento  de doenças crônicas já existentes, como diabetes e hipertensão) são mais  comuns nesses grupos – idosos e crianças com idade entre seis meses e  dois anos, além das gestantes, que, também, são muito vulneráveis. Neste  caso, a principal forma de prevenção é a vacinação. A meta do  Ministério da Saúde, Estados e municípios é vacinar 80% da população  alvo, o que representa cerca de 23,8 milhões de pessoas.
Vacinação de crianças
Os pais devem levar as crianças duas vezes aos postos de vacinação,  quando será aplicada meia dose em cada vez. É essencial que a criança  retorne ao posto de saúde 30 dias após receber a primeira dose da vacina  para que seja aplicada, então, a segunda dose.
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza vem contribuindo,  ao longo dos anos, para a prevenção da gripe e suas complicações, além  de causar um impacto considerável na redução das internações  hospitalares, óbitos e gastos com medicamentos para tratamento de  infecções secundárias.
Na população com mais de 60, estudos demonstram que a vacinação pode  reduzir em até 45% o número de hospitalizações por pneumonias. Entre os  residentes em casas de repousos e/ou asilos, a redução na mortalidade  chega a 60%.
Para a realização da campanha o Ministério da Saúde distribuiu cerca  de 33 milhões de doses da vacina contra a influenza, ao custo de R$ 229  milhões. A esse investimento somam-se os recursos das transferências  fundo a fundo realizadas para as secretarias de saúde estaduais e  municipais, que podem aplicá-los na aquisição de seringas, agulhas e  outras despesas. A campanha conta, ainda, com recursos das próprias  secretarias, possibilitando o funcionamento de, aproximadamente, 65 mil  postos de vacinação.
Quem será vacinado
Toda a população de 60 anos ou mais, toda a população indígena (acima  de 6 meses de vida), crianças com idade entre seis meses e dois anos,  gestantes e profissionais de saúde.
Contraindicações
Não deve tomar a vacina quem tem alergia à proteína do ovo. Pessoas  com deficiência na produção de anticorpos, seja por problemas genéticos,  imunodeficiência ou terapia imunossupressora, devem consultar o médico  primeiro.


 
 
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