Seguindo a  temporada de negociações entre categorias e patronato, é a vez do  Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de São Luis  começaram a dialogar. A primeira reunião entre os rodoviários e o  Sindicato das Empresas  de Transporte Coletivo do Maranhão (SET) será na tarde de terça-feira. A  proposta inicial da categoria, de 16% de reajuste salarial e outros  benefícios, foi rejeitada pelo SET, que ofereceu à categoria um reajuste  de 2%. Os rodoviários consideraram injusta a proposta patronal. Em  entrevista ontem à O IMPARCIAL, o superintendente do SET, Luis Cláudio  Siqueira, considerou ambos os valores “ainda muito primários, iniciais”.  
Ele ressaltou que já foi marcada uma agenda de reuniões  entre os dois sindicatos para discutirem os “valores reais” da  porcentagem de reajuste. Questionado qual é o valor máximo de reajuste  que pode ser aceito pelo SET, Luis Cláudio preferiu não responder,  alegando esperar pelo andamento das reuniões. “Será nessas reuniões que  discutiremos os valores reais de reajuste, e tanto os 16% quanto os 2%  serão mudados pelas partes”, relatou.
O presidente do  Sindicato dos Rodoviários, Dorival Silva rejeitou prontamente a proposta  do SET porque considera não ser suficiente para cobrir a inflação, que  estaria prevista para mais de 7,35%. Classificou a proposta como “falta  de respeito do sindicato patronal para com os trabalhadores", e afirmou que a categoria não está disposta a reduzir o percentual de 16%, mesmo após negociação com o SET.
Também levantou hipóteses de que poderá haver ações  drásticas e firmes da parte dos rodoviários, caso o SET não atenda às demandas colocadas pelos sindicato nas reuniões. Uma ação  não descartada pelos rodoviários é a paralisação geral de motoristas e  cobradores. “Não vamos aceitar intimidações”, completou Dorival.
Outras  reuniões estão marcadas para o dia 14, 16 e 28 deste mês. O Sindicato  dos Rodoviários reivindica também um aumento no valor do  tíquete-alimentação e o direito à inclusão de mais dois dependentes nos  planos de saúde e odontológico.  Hoje o salário dos motoristas gira em  torno de R$ 1.060, 50, e dos cobradores de R$ 545,50. Ano passado, em  audiência no dia 17 de maio, os motoristas, cobradores e fiscais  receberam reajuste de 7% após uma série de negociações, além de  paralisação geral da categoria por uma manhã.


 
 
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